Negociar à chico-esperto
Querido Diário: Hoje estive a ver as propostas do Ministério da Educação para as negociações com os representantes dos professores e fiquei impressionado. Espremido é coisa nenhuma, mas é vendido como um grande negócio. A abertura de vagas para vincular contratados e a reformulação da norma travão, são apenas medidas que já deveriam ter sido tomada há anos, não entendo como aparecem como negociação, quando são urgentes para combater a falta de professores, criada pelo próprio ME. Outra é a conclusão que afinal se vai seguir a lista graduada, ou seja, não mexer no que já está. De seguida as vagas para os escalões tampão, que afinal, não eram mais que somar o que já existe. Temos ainda a redução das zonas pedagógicas, mas associadas à matreirice de poder transformar professores do QA em itinerantes. A alteração dos QZP sempre foi feita pelo ME sem dar cavaco ninguém.
Portanto aquilo que o ME chama negociar é:
- oferecer o que já devia estar feito e fazer crer que se está a fazer um negócio;
- acabar por não alterar o que já está em vigor, como um grande feito negocial;
- lançar uma série de propostas inaceitáveis para, no final, fingir que se cede, fazendo toda a gente perder tempo a negociar o que nunca deveria ter sido colocado em cima da mesa.
O resultado está à vista após 4
rondas negociais. Ainda nem se falou do que realmente importa. Se para negociar, o ME saiu-me um grande chico-esperto, já para gerir a Educação não encontro grandes
competências.
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